4.000 d.C.: Bruno Baptistelli
Bruno Baptistelli, mais novo artista representado pela Galeria Luisa Strina, apresenta sua primeira exposição na Sala 2 da galeria. Tomando como título a primeira linha do manifesto publicado em 1964 pelo artista conceitual surinamês-holandês stanley brouwn (1935-2017), Baptistelli cria um ambiente escuro em que os objetos estão imersos em um jogo de luz e sombra. 4.000 d.C. representa uma síntese das proposições desenvolvidas pelo artista nos últimos cinco anos, em que investiga os significados estéticos, linguísticos, sociais e políticos do escuro por meio do uso das ferramentas da arte conceitual e, mais recentemente, os usos e simbolismos do ouro nas culturas negras ancestrais e contemporâneas.
No centro da sala escura, dentro de uma grande base museológica, encontramos um conjunto de joias que remetem às diferentes partes do corpo do artista: cabeça, braços, pernas. São objetos que lembram os artefatos encontrados em escavações arqueológicas, exibidos de modo a emular o tradicional display dos grandes museus imperiais como o British Museum, na Inglaterra ou o Museu do Ouro, na Colômbia. Ao aludir, simultaneamente, ao significado ritual das dedeiras no Egito Antigo e à popularização do uso dos grills no contexto do hip-hop, Baptistelli traça um arco transhistórico de uma cultura que resiste e se transforma através dos séculos.
Bruno Baptistelli (São Paulo, 1985. Vive e trabalha em São Paulo)
Exposições futuras incluem a coletiva The Culture: Hip Hop and Contemporary Art in the 21st Century, que inaugura em 5 de abril de 2023 no The Baltimore Museum of Art, com itinerâncias no Saint Louis Art Museum, Cincinatti Art Museum e Art Gallery of Ontario, Toronto em 2024-5. Curadoria de Asma Naeem, Gamynne Guillotte, Hannah Klemm e Andréa Purnell.
Principais individuais da carreira incluem: Memento, 55SP, São Paulo, 2022; Outro, GDA, São Paulo, 2021; Blues - umtrabalhoumtexto, São Paulo, 2019; Acúmulo, Galeria Pilar, São Paulo, 2018; For A While, Artkartell Projectspace, Budapeste, Hungria, 2017; Narrativas cotidianas, Galeria Fayga Ostrower, Complexo Cultural Funarte Brasília, Brasília, DF, 2015. Principais coletivas incluem: Histórias brasileiras, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), São Paulo, 2022; Memórias do Futuro: cidadania negra, antirracismo e resistência, Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo, 2022; Enciclopédia negra, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, 2021; IMS Convida, Instituto Moreira Salles (IMS), 2020; Histórias afro-atlânticas, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e Instituto Tomie Ohtake (ITO), São Paulo, 2018. Possui obras em importantes coleções públicas e privadas de interesse público, como: coleção moraes-barbosa (cmb), São Paulo, Brasil; Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto, SP, Brasil; Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), São Paulo, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.