Antoni Muntadas nasceu em Barcelona em 1942 e reside em Nova York desde 1971. Seu trabalho aborda temas sociais, políticos e de comunicação, como a relação entre o espaço público e privado dentro de determinados contextos sociais, ou os canais de informação e a forma como são utilizados para censurar ou disseminar ideias. Apresenta seus projetos em diversos meios, como fotografia, vídeo, publicações, internet, instalações e intervenções em espaços urbanos.
Muntadas ministrou e dirigiu seminários em diversas instituições da Europa e dos Estados Unidos, incluindo a Escola Nacional de Belas Artes de Paris, as Escolas de Belas Artes de Bordeaux e Grenoble, a Universidade da Califórnia em San Diego, o Instituto de Arte de São Francisco, a Cooper Union de Nova York, a Universidade de São Paulo, a CAFA em Pequim e a Universidade de Buenos Aires. Além disso, foi artista residente e professor em diversos centros de pesquisa e educação, como o Visual Studies Workshop em Rochester, o Banff Centre em Alberta, Arteleku em San Sebastián, o Studio National des Arts Contemporains Le Fresnoy e a Universidade de Western Sydney. Destaca-se sua longa trajetória como professor convidado do Programa de Artes Visuais na Escola de Arquitetura do MIT em Cambridge (1977-2014). Atualmente, é professor na Universidade IUAV de Veneza.
Muntadas também ofereceu conferências e seminários em diversas instituições da Ásia e da Austrália ao longo de 2023, incluindo a School of Creative Media (Hong Kong), o Vietnam National Institute for Culture and Arts Studies (VICAS, Hanói), o Centre of Visual Art (University of Melbourne) e a School of Art & Design (University of New South Wales, Sydney). Em 2023, também ministrou uma conferência como professor convidado no programa "La construction de la Peur / Media Architecture Projects", organizado pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne e pelo Centre Pompidou (Paris).
Muntadas recebeu prêmios e bolsas de diversas instituições, como a John Simon Guggenheim Memorial Foundation, a Rockefeller Foundation, o National Endowment for the Arts, o New York State Council on the Arts, o Ars Electronica em Linz, o Laser d’Or em Locarno, a bolsa de criação artística concedida pela Fundação Juan March em 1977, o Premi Nacional d’Arts Plàstiques concedido pela Generalitat da Catalunha e o Prêmio Nacional de Artes Plásticas de 2005. Em 2009, recebeu o Prêmio Velázquez de Artes Plásticas, concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha.
Expôs em diversos museus, incluindo o MoMA de Nova York, o Berkeley Art Museum da Califórnia, o Musée d’Art Contemporain de Montreal, o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía de Madri, o Museu de Arte Moderna de Buenos Aires, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Museu d’Art Contemporani de Barcelona. No que se refere a certames internacionais, destacam-se sua participação nas edições VI e X da Documenta de Kassel (1977, 1997), na Whitney Biennial of American Art (1991) e na 51ª Biennale di Venezia (2005), além das Bienais de São Paulo, Lyon, Taipei, Gwangju e Havana.
Entre suas exposições individuais posteriores a On Translation: I Giardini, apresentada no Pavilhão da Espanha na Bienal de Veneza (2005), destacam-se Protokolle no Württembergischer Kunstverein de Stuttgart e a instalação On Translation: Social Networks na Inter-Society of Electronic Arts de San José, Califórnia, em 2006. Em 2007, expôs Muntadas/BS. AS. simultaneamente no Espacio Fundación Telefónica, no Centro Cultural Recoleta e no Centro Cultural da Espanha em Buenos Aires.
Em 2008, apresentou Petit et Grand no Instituto Cervantes de Paris e Muntadas: La construcción del miedo y la pérdida de lo público no Centro José Guerrero de Granada. Em 2009, interveio no Pavilhão Mies van der Rohe com o trabalho Muntadas. On Translation: Paper BP/MVDR, expôs La construction de la Peur na SBC Contemporary Art Gallery em Montreal e realizou uma retrospectiva na Cinémathèque Québécoise, Muntadas: Vidéo, média critique. Em 2010, apresentou o projeto On Translation: Açik Radyo. Mitos y Estereotipos, no programa Lives And Works in Istanbul, exibido no Istanbul Modern Museum. No mesmo ano, expôs Informação-Espaço-Controle na Estação Pinacoteca em São Paulo e About Academia no The Carpenter Center for the Visual Arts da Harvard University. Essa exposição posteriormente itinerou para a Arizona State University Museum e para a American Academy em Roma.
Em 2011, o projeto Media Sites / Media Monuments: Budapest integrou a 12ª Bienal de Istambul. No Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, apresentou a mostra Muntadas: Entre/Between, que esteve em cartaz entre novembro de 2011 e março de 2012, viajando depois para a Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, o Jeu de Paume em Paris e a Vancouver Art Gallery no Canadá.
Entre 2014 e 2015, exibiu na Kent Fine Art em Nova York, na Galleria Michela Rizzo em Veneza, na Galeria Joan Prats em Barcelona e na Galeria Moisés Pérez de Albéniz em Madri, além do MuCEM – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée, em Marselha. Em 2015, foi convidado para a 72ª edição do Festival de Cinema de Veneza, onde apresentou no espaço público a videoprojeção Dérive Veneziane, dedicada à cidade.
Desde 2011, desenvolve o projeto Asian Protocols, cuja primeira parte foi apresentada no Total Museum de Seul (2014), a segunda no 3331 Arts Chiyoda em Tóquio (2016) e a terceira no Three Shadows Photography Art Center de Pequim (2018). Em 2020, apresentou Muntadas. Interconnessioni no MAMbo de Bolonha, Itália, itinerando desde o Artium em Vitória, Espanha. No mesmo ano, retomou Palavras, Palavras... na Galeria Luisa Strina em São Paulo. Entre 2022 e 2023, realizou duas exposições individuais: Exercises on Past and Present Memories, no Ateneo de Manila (Filipinas) e no Centro Andaluz de Arte Contemporáneo (CAAC) em Sevilha, além de uma nova iteração de About Academia na Universidade de Granada. Em 2022, o projeto On Translation: Açik Radyo integrou a 17ª Bienal de Istambul como uma série de 25 programas transmitidos em uma rádio independente local. Em 2024, a Galeria Prats Nogueras Blanchard, em Barcelona, apresenta a exposição individual Paratopías, reunindo obras desde os anos 1970 até a atualidade, incluindo trabalhos inéditos produzidos para a ocasião.