A extensa e diversa produção de Marcius Galan se desenvolve por meio de instalações, esculturas, desenhos, vídeo e fotografia. Sua prática assimila conceitos e linguagens do cotidiano para reelaborar o espaço, tema central de sua obra. Para tanto, Galan realiza um aprofundamento sobre as características e naturezas de cada material trabalhado, combinando-os ou colocando-os em atrito. Seus trabalhos são capazes de desafiar a certeza e a aparente estabilidade dos objetos, confundindo a percepção e criando um espaço aberto à interpretação.
Formado em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado, Marcius Galan vive e trabalha em São Paulo. Sua obra, fortemente fundamentada na experiência urbana do cotidiano, dialoga, ainda, com alguns momentos de inflexão da história da arte do século XX, com centralidade para as discussões trazidas pelo neoconcretismo brasileiro e pela arte norte-americana dos anos 1950 e 1960. Desde 2000, é representado pela Galeria Luisa Strina, onde realizou exposições individuais como Fervor (2020), Planta/Corte (2015), Imóvel/Instável (2011), Área comum (2008), Arquipélago (2005), Fundo falso (2004) e Projeto outdoor (1996).
Dentre suas exposições individuais recentes estão: Gravidade, Museu de Arte Contemporânea — MAC-USP, São Paulo (2022); Pintura de emergência, Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM-SP (2022); They endured, Gregor Podnar, Berlim, Alemanha (2020); Seção: prisma fumê, Pinacoteca de São Paulo (2019); Instrumentos de Precisão, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP (2018); Mará-obi, Capela do Morumbi, São Paulo (2018); Line Weight, Gregor Podnar, Berlim, Alemanha (2017); Penetra, Fundação Ema Klabin, São Paulo (2017); Arquitecturas del Desarraigo, Ideobox Artspace, Miami, EUA (2014); Diagrama, NC-Arte, Bogotá, Colômbia (2013); Geometric Progression, White Cube, Londres, Reino Unido (2013); entre outras.
Integrou a 8ª Bienal do Mercosul: ensaios de geopoética (2011) e a 29ª Bienal de São Paulo: há sempre um copo de mar para um homem navegar (2010). Dentre suas participações em exposições coletivas, destacam-se: Janelas - Une exposition d'art postal, Musée d'Art Moderne et Contemporain de Saint-Étienne, França (2022); Obscura luz, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2022); A máquina do mundo: Arte e indústria no Brasil 1901–2021, Pinacoteca de São Paulo (2021); Zona da Mata, Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM-SP e Museu de Arte Contemporânea de São Paulo — MAC-USP (2021), Stories of Abstraction: Contemporary Latin American Art in the Global Context, Phoenix Art Museum (2020); Plural Domains – Selected work from the CIFO Collection, Bienal de Cuenca, Museo de la Ciudad, Cuenca, Equador (2018); Avenida Paulista, MASP, São Paulo (2017); Art and Space, Guggenheim Bilbao, Espanha (2017); De lo espiritual en el arte, Museo de Arte Moderno de Medellín, Colômbia (2016); Brazil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture, Museum Beelden aan Zee, Haia, Holanda (2016); Empty House, Luhring Augustine, Nova York, EUA (2015); Inside, Palais de Tokyo, Paris, França (2014); Cruzamentos: Contemporary Art in Brazil, Wexner Center for the Arts, Columbus, EUA (2014); 30x Bienal, Bienal de São Paulo (2013); Blind Field, Kannert Art Museum e Kinkead Pavillion, Illinois, EUA (2013); entre outras.
Galan foi contemplado por prêmios e bolsas, tais como o Prêmio PIPA em 2012; o Cifo – Cisneros Fontanals Commission Prize em 2009; e a Bolsa Iberê Camargo — Visiting Artists Program (Art Institute of Chicago, EUA) em 2004. Seus trabalhos figuram em coleções nacionais e internacionais de destaque: MASP, São Paulo; Pinacoteca de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM-SP; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro — MAM Rio; Museum of Fine Arts Houston, EUA; Museo Jumex, Cidade do México, México; Instituto Inhotim, Brumadinho, MG; Cifo Cisneros Fontanals, Miami, EUA; Zabludowicz Collection, Londres, Reino Unido; Phoenix Art Museum, EUA; entre outras.