Anna Maria Maiolino
N. 1942, Scalea, Itália
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil
Sem título, da série Entre o Dentro e o Fora, 2012
gesso moldado sobre mesa de metal
[molded plaster on metal table]
[molded plaster on metal table]
peça [piece]: 20,5 x 59 x 29 cm
mesa [table]: 41 x 61,5 x 31 cm
mesa [table]: 41 x 61,5 x 31 cm
19421
Copyright The Artist
"O modo como Maiolino explora a corporeidade do papel e da argila situa seu trabalho muito proximamente das práticas neoconcretas, dando maior atenção ao processo de construção do que àquilo que é construído. Embora seu interesse seja direcionado tanto ao imediatismo da operação quanto à inevitável conotação de corpo, ela também busca dissolver as oposições entre sujeito e objeto, artista e espectador, natureza e cultura. Igualmente importante ao espaço exterior é aquilo que Clark descreve como 'o sentimento de um espaço profundo dentro de nós' - a relação de um espaço externo real com um espaço interior imaginário. É no âmbito das tarefas domésticas triviais que Maiolino encontra uma maneira de avançar seu trabalho com o barro moldado e de conectar o sujeito à sua história primitiva."
"Nos anos 1990, seu próprio processo de trabalho parece se bifurcar, levando a escultura de Maiolino para dois caminhos paralelos. Um deles leva a trabalhos que encontram sua forma final na interrupção do processo de moldagem na segunda fase da execução do molde. O trabalho consiste do próprio negativo recuperado nas séries 'A sombra do outro' (1993), Os ausentes (1993-1996), 'É o que falta' (1995-2001), e 'Entre o dentro e o fora' (1995). Como descreve Maiolino: 'Os títulos desses trabalhos se referem à existência do oposto, o positivo ausente que foi separado do negativo. Eles formam um único corpo em dado momento do processo de feitura da escultura moldada. Assim, o processo desses trabalhos incorpora a nostalgia pela matriz.' O molde, geralmente esquecido e descartado, 'ganha um novo valor pela ênfase dada a suas propriedades generativas, ao espaço vazio, no qual a memória do outro existe em sua ausência: o presente-positivo na ausência.' "
Catherine de Zegher (Maiolino’s Earthen Work or Enfooded Art)