História Natural: Galeria Luisa Strina

Apresentação

Galeria Luisa Strina apresenta a exposição individual de Jorge Macchi, intitulada História Natural. Macchi nasceu em Buenos Aires (1963), onde vive e trabalha.

Característica marcante de sua trajetória é a de ser multidisciplinar e multimídia, envolvendo trabalhos com técnicas desde desenho, pintura e aquarela; passando por texto, escultura, objeto, música, vídeo, fotografia, colagem, obras com luz, recorte, livro de artista, gravura, arquitetura, paisagismo; até chegar em instalações.

A exposição está estruturada ao redor de duas grandes instalações: Aqui e Projeção.

A primeira delas, Aqui, consiste em uma pesada cruz de ferro que marca no espaço expositivo a localização precisa da galeria segundo coordenadas GPS e sua orientação de acordo com os pontos cardeais. A aparente fragilidade e invisibilidade dos dados e dos sistemas adquirem em Aqui materialidade e peso.

Projeção, obra ao centro da exposição, trata-se de uma parede autoportante, como as que são utilizadas em exposições para subdividir espaços. Nesse caso, porém, a parede está em uma posição de desequilíbrio, oblíqua, mantida nesta posição por uma série de 60 tensores que partem de um projetor de cimento instalado no teto da galeria. A imaterialidade da luz se torna gráfica e se materializa através dos tensores que colocam em cena uma situação de atração e rejeição.

O trabalho que intitula a mostra, História Natural, é uma versão contemporânea das vanitas barrocas. Todavia, aqui, a referência à fugacidade e ao vazio é contraditória por conta da estrutura e materialização das sombras e, justamente pela palavra História. É uma peça que se estrutura em dois tempos: um efeito no passado e suas consequências cristalizadas no presente.

Eingang é um óleo sobre tela de grandes dimensões que coloca um contraste violento entre suporte e matéria pictórica, e entre profundidade e superfície. Este trabalho dá continuidade a uma extensa série de pinturas que Macchi vem realizando desde 2010, algumas das quais foram mostradas nesta galeria em 2011.

Macchi realizou quatro exposições monográficas: Perspectiva, MALBA Museo de Arte Latino-Americana, Buenos Aires (Argentina, 2016); Espectrum, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (França, 2015); Music Stands Still, SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, Gante (Bélgica, 2011); e Anatomía de la melancolía, Santander Cultural, Porto Alegre, como parte da Bienal do Mercosul (Brasil, 2007). A última foi mostrada posteriormente no Museo Blanton, Austin (EUA, 2007) e no CGAC Centro Gallego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela (Espanha, 2008).

Outras exposições individuais importantes incluem: Lampo, NC Arte, Bogotá (Colômbia, 2015); Prestidigitador, MUAC Museo Universitario Arte Contemporáneo, Cidade do México (México, 2014); Container, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 2013) e Kunstmuseum Luzern, Lucerna (Suíça, 2013); Last minute, em colaboração com Edgardo Rudnitzky, Pinacoteca do Estado, São Paulo (Brasil, 2009); Doppelgänger, La casa encendida, Madri (Espanha, 2005); Jorge Macchi, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (França, 2001); The wandering golfer, MUHKA Museo de Arte Moderna, Antuérpia (Bélgica, 1998); Evidencias circunstanciales, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 1998).

Participou das Bienais de Liverpool (Inglaterra, 2012); Sydney (Austrália, 2012); Lyon (França, 2011); Istambul (Turquia, 2011); Auckland (Austrália, 2010); New Orleans (EUA, 2008); Yokohama (Japão, 2008); Porto Alegre (Brasil, 2007); São Paulo (Brasil, 2006); Veneza (Itália, 2005); Praga (República Tcheca, 2005); São Paulo (Brasil, 2004); Istambul (Turquia, 2003); Porto Alegre (Brasil, 2003); Fortaleza (Brasil, 2002) e Havana (Cuba, 2000). Representou a Argentina na Bienal de Veneza em 2005.

Seu trabalho é parte de importantes coleções, tanto privadas como públicas, como: MNBA Museo Nacional de Belas Artes, MALBA Museu de Arte Latino-Americana e MAMBA – Museo de Arte Moderno (Buenos Aires); MOMA Museum of Modern Art e Museo del Barrio (Nova York); Fundação Daros (Zurique); Tate Collection (Londres); MUHKA Museo de Arte Moderna (Antuérpia); SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst (Gante); MUSAC Museo de Arte Contemporáneo (Castilla y León); e Musée National d’art Moderne – Centre Georges Pompidou (Paris).

Período de exposição: 1 de junho a 16 de julho 2016
Horário de visitação: Segunda a Sexta das 10 às 19h / Sábados das 10 às 17h.

Installation Views