GABRIEL SIERRA: RECALQUE
Current exhibition
Apresentação
O artista tem duas personalidades diferentes; uma é espiritual e a outra é criativa.
Gabriel Sierra
Uma imagem é uma imagem, assim como um objeto é um objeto. Mas poderia uma imagem ser um objeto ou vice-versa? E onde podemos encontrar a verdadeira substância de uma imagem? No objeto físico ou na representação fotográfica do objeto ou da coisa? O espírito de uma imagem está localizado tanto no referente quanto na emoção do observador? Ou está na linguagem? E como podemos nos comunicar com ele?
Todas essas perguntas formam o tema central ou a principal preocupação do atual projeto de Gabriel Sierra—sua segunda exposição individual na Luisa Strina.
Através de objetos, filmes e imagens, o artista explora os códigos visuais dos objetos cotidianos, levantando perguntas sobre por que criamos imagens e coisas, questionando as imagens em si mesmas e a persistência que se dá na retina de imagens arquetípicas do mundo em geral e do mundo particular das artes visuais.
No conjunto de obras inéditas, a percepção da matéria e a percepção do mundo físico são indissociáveis da natureza abstrata da imaginação, que é de onde surgem ideias, fenômenos como os sonhos, a percepção de forças invisíveis e as emoções.
O título da exposição é retirado do título de algumas peças que compõem a mostra: uma panela de ferro fundido com um buraco; uma colagem; um projetor de slides e um filme projetado em 16mm. A palavra Recalque pode significar muitas coisas diferentes. Por exemplo, em espanhol, refere-se à ação de repetir algo várias vezes, dando ênfase na forma como as palavras são escritas. Em português, refere-se a uma falha estrutural de um edifício causada pelo assentamento do solo. É também um conceito fundamental da repressão na teoria psicanalítica desenvolvida por Sigmund Freud.
A imagem de um objeto está no objeto tanto quanto está em nossas mentes. As coisas existem por si mesmas, diferente de nós que somos apenas humanos e vemos as coisas e o mundo como somos. Ou, às vezes, como não somos.
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Obras