Carro Novo: Galeria Luisa Strina
A Galeria Luisa Strina apresenta, do dia 25 de novembro até 21 de janeiro de 2005, a exposição individual do artista Alexandre da Cunha.
“CARRO NOVO” é uma exposição de esculturas inéditas que indicam um desdobramento das obras realizadas pelo artista anteriormente, como a série exibida na última Bienal de Veneza.
As esculturas são feitas a partir da reunião de objetos do cotidiano e da apropriação de elementos da cultura popular. Seguindo o princípio da “gambiarra” aplicado ao seu trabalho anterior – onde os mecanismos de construção das peças são bem evidentes- o artista utiliza estruturas pré-existentes mudando suas funções originais, re-arranjando os objetos e criando um novo vocabulário para estes. Este vocabulário se refere, freqüentemente, ao deslocamento do universo doméstico para o contexto da “High-Art”, onde o objeto adquire um novo status e pode, então, ser lido de uma outra forma. Um aspecto importante nos trabalhos é o diálogo entre Escultura e Design que se dá através da utilização de materiais industrializados ou encontrados, fazendo estes dois universos dialogarem de forma bem-humorada.
Em “Platinum”, Alexandre da Cunha utiliza utensílios domésticos – geralmente encontrados em feiras e lojas populares – como formas de empada e saladeiras de metal. Os objetos são repetidos em séries geométricas, resultando numa série de esculturas verticais que remetem a ícones do Modernismo, como Brancusi. Em uma outra série, o artista se apropria de elementos de decoração popular, utilizando pneus velhos que são transformados em vasos de plantas. Com o uso rigoroso de uma palheta de cor específica, os objetos são pintados e adquirem um novo status, ganham uma nova roupagem e passam a ser vistos como esculturas imersas num formalismo quase minimalista. A peça “Carro Novo”, que dá nome à exposição, consiste na apropriação de uma carroça utilizada por catadores de papel, cada vez mais presente na paisagem urbana de centros como São Paulo. Neste caso, poucas alterações foram feitas, além da aplicação de tinta metálica automotiva sobre a estrutura original. Nesta obra, o artista enfatiza que a carroça em si já é uma estrutura instigante, feita com pedaços de objetos que são combinados de forma muito particular, muito semelhante ao processo de se construir uma escultura.
Alexandre da Cunha nasceu no Rio de Janeiro. Vive e trabalha em Londres. Sua próxima exposição individual será no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, em junho de 2005.
“CARRO NOVO” é uma exposição de esculturas inéditas feitas a partir da reunião de objetos do cotidiano e da apropriação de elementos da cultura popular. O artista utiliza estruturas pré-existentes mudando suas funções originais, re-arranjando os objetos e criando um novo vocabulário para estes. Em “Platinum”, Alexandre da Cunha utiliza utensílios domésticos, como formas de empada e saladeiras de metal. Os objetos são repetidos em séries geométricas, resultando numa série de esculturas verticais que remetem a ícones do Modernismo, como Brancusi. Em uma outra série, o artista se apropria de elementos de decoração popular, utilizando pneus velhos que são transformados em vasos de plantas. Os objetos são pintados e adquirem um novo status, ganham uma nova roupagem e passam a ser vistos como esculturas imersas num formalismo quase minimalista. A peça “Carro Novo”, que dá nome à exposição, consiste na apropriação de uma carroça utilizada por catadores de papel, cada vez mais presente na paisagem urbana de centros como São Paulo. Neste caso, poucas alterações foram feitas, além da aplicação de tinta metálica automotiva sobre a estrutura original. Nesta obra, o artista enfatiza que a carroça em si já é uma estrutura instigante, feita com pedaços de objetos que são combinados de forma muito particular, muito semelhante ao processo de se construir uma escultura.