Cildo Meireles
b. N. 1948, Rio de Janeiro, Brasil
Vive e trabalha em Rio de Janeiro, Brasil
Sem título [Untitled], da série [from the series] Brasília, 1977
pastel oleoso, acrílica e lápis de cera sobre papel
[oil pastel, acrylic and wax pencil on paper]
[oil pastel, acrylic and wax pencil on paper]
69 x 49 cm | 27 1/8 x 19 1/4 in
84 x 64 x 5 cm | 33 1/8 x 25 1/4 x 2 in moldura [framed]
84 x 64 x 5 cm | 33 1/8 x 25 1/4 x 2 in moldura [framed]
Tendo morado no ano de 1977 em Planaltina, DF, Cildo fez diferentes abordagens de Brasília. Ordem e desordem, construção e crise, cálculo e emoção, poder e contestação. Num dos extremos:...
Tendo morado no ano de 1977 em Planaltina, DF, Cildo fez diferentes abordagens de Brasília. Ordem e desordem, construção e crise, cálculo e emoção, poder e contestação. Num dos extremos: urbanismos, arquitetura, geometria, retas, curvas precisas, postes, hidrantes, viadutos, traves. E também vazio, distâncias: o excesso de espaços que aprisiona tanto quanto sua carência. Tendo como base fotos feitas por Luiz Alphonsus, em 1965, Cildo recria a geometria da cidade, revelando ângulos e perspectivas surpreendentes ou arrancando de seu anonimato o hidrante e outros equipamentos urbanos. Cildo transformou o poste de luz em um "modulor" espacial, com ele medindo nao apenas as distâncias, alturas as luzes e as sobras, mas também o céu, a noite, e nos seus desenhos, demarcando, sutilmente, densidades cromáticas, passagens de planos. Nesse primeiro bloco de desenhos não há vivalma.
Copyright The Artist
ph. Edouard Fraipont