Caetano de Almeida
N. 1964, Campinas, Brasil
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil
Algicida, 2023
acrílica sobre tela
[acrylic on canvas]
[acrylic on canvas]
175 x 265 x 4 cm
68 7/8 x 104 3/8 x 1 5/8 in
68 7/8 x 104 3/8 x 1 5/8 in
20731
© artista [the artist]
Continuando a explorar a ironia dos títulos, o pintor batiza Algicida (2023), remetendo-se ao produto químico que impede a proliferação de algas em piscinas para apresentar uma imagem cristalina, como se a ver o fundo ladrilhado distorcido pela refração da água. Essa candidez, entretanto, é infectada por uma discreta zona de amarelo na área esquerda da pintura, como se a reafirmar a impureza inerente a todas as coisas e a rejeição ao absoluto. Na obra, o espaço modular se apresenta deformado e relativo, com linhas sinuosas que remetem a uma membrana de água em leve movimento. O artista novamente inverte as noções de figura e fundo a partir de dois gradientes cromáticos que se invertem: o grande plano de fundo se transforma de um verde azulado claro na parte superior para tons mais escuros conforme desce, enquanto, em contraste, as linhas mais vívidas se desvanecem gradualmente. A vibração ótica e a interpolação de planos são acentuadas pelas listras feitas pelo artista com máscaras de fita adesiva, que, ao serem removidas no final do processo de pintura, revelam frestas da tela crua.
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Continuing his exploration of ironic titles, De Almeida names Algicida [Algaecide] (2023) after the chemical used to prevent algae growth in pools, presenting a crystalline image reminiscent of viewing tiled pool floors distorted by water refraction. However, this clarity is subtly contaminated by a small yellow zone on the painting's left side, affirming the inherent impurity of all things and rejecting absolutes. This work's modular space appears deformed and relative, with sinuous lines evoking a lightly rippling water membrane. Once again, the artist subverts notions of figure and ground through two opposing color gradients: the expansive background transitions from a light aquamarine at the top to deeper shades below, while the more vivid lines gradually fade. Optical vibration and the interplay of planes are heightened by stripes created with masking tape. When the tape is removed at the end of the painting process, it reveals slivers of raw canvas, injecting a tactile immediacy into the otherwise fluid and immersive composition.