São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder, o artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo.

 

Entre suas exposições individuais, destacam-se: Hemisfério 1, A Gentil Carioca, São Paulo (2022); Descompasso Atlântico, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro (2021); The Armory Show, Nova York, EUA (2019); The Historian’s Craft, ICA Milano, Milão, Itália (2019); O Estrangeiro, Basilea Foundation, Basel, Suíça (2017); Et Cetera, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro (2016); Américas, com curadoria de Paulo Sergio Duarte, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2014); Urbes, Sesc Madureira, Rio de Janeiro (2009); Desenhos, Museu da República, Rio de Janeiro (2022).

 

Em exposições coletivas, Martins tem uma participação significativa, incluindo: Vai, vai, Saudade, Museo Madre, Nápoles, Itália (2024); When We See Us: A Century of Black Figuration in Painting, Kunstmuseum Basel, Basiléia, Suíça (2024); TERRITORIOS: Arte Contemporáneo Latinoamericano en la Colección Jorge M. Pérez, CAAC – Centro Andaluz de Arte Contemporáneo, Sevilha, Espanha (2024); África: Diálogos com o contemporâneo, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (2023); Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro, Sesc Quitandinha, Petrópolis, Brasil (2024); Crèvecœur danse avec A Gentil Carioca, Galerie Crèvecœur, Paris, França (2023); Corpo Botânico, Pavilhão Victor Brecheret – Parque da Catacumba, Rio de Janeiro (2023); FUNK: Um grito de ousadia e liberdade, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (2023).

 

Foi vencedor do Prêmio Pipa (2018); também indicado nas edições de 2010, 2011, 2014 e 2016, sempre no Rio de Janeiro. A carreira artística de Arjan Martins é marcada por seu envolvimento em uma variedade de projetos, exposições e reconhecimento no cenário da arte contemporânea.