São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder, o artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo.